segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A Lua

O gato riscado viu-me esta noite a olhar a lua
A levantar a cortina transparente do meu quarto
A expor-me à janela

A luz às vezes cega
Por isso é que gosto dos dias em que os lagos não reluzem
E os mochos não piam
Espelhados, amargurados

A lua, disse-lhe eu
Mas na verdade procurava o conforto da escuridão
Para enxergar a alma
Ver o que o dia não deixa

Desprender-me da movimentação das horas
E mergulhar nas minhas convicções
A lua, disse-lhe eu.
E apenas o que eu procurava eras tu.

(À minha querida Sandra que ama a lua, os gatos e a vida)

3 comentários:

Marcos Monteiro disse...

Adorei esta especialmente da Lua vai se lá saber porque :)

A amiga Sandra deve se sentir orgulhosa por tal dedicatória :)

Beijos.

Purpurina disse...

Muito prazer em conhecer-te Marcos

(este nome é-me familiar...)

Obrigada por leres e por gostares da Lua

:)

Sandra Gomes disse...

Claro que a Sandra cá teria de aparecer...pela noite escura, com um gato ao colo, de que cor não interessa. Um gato. O melhor amigo do homem, porque é independente e convive contigo. Porque sabe de quem deve gostar ou não. Porque tem de ser conquistado.
A vida essa prega-nos partidas. Ai um dia eu hei-de pregar-lhe partida tamanha...