Um espaço secreto, sagrado, sentimental. Salgado às vezes. Amanhado de poesia. Ensopado em sonhos – sempre - que os jardins de chuva, precisam de água para viver.
“As palavras não são nossas”, diz a Sofia. Não são mesmo. Decidi então ir guardando as que amo para nunca me esquecer de as dizer.
Adoro o azul, a noite, a geada, o número sete, o cheiro da terra. Beber chávenas de café à lareira.
Sou uma leoa que passeia eternamente na savana.
Não quero todas as estrelas do universo.
Interessa-me a Lua.
Mesmo distante hei-de inventar um dia destes forma de tomar um banho de imersão numa cratera dourada.
Cravejada de cristais líquidos e ladeada por um jardim.
